sábado, 18 de outubro de 2008

Crise? Para alguns não!

Continuando com o tema Crise Internacional, que está sendo tão falado hoje, quero mostrar neste texto uma outra visão da crise que será muito rica para a nossa reflexão.
O título deste texto veio em minha mente em forma de pergunta durante estes dias de crise:

"Será que tem alguém ganhando dinheiro na bolsa durante esse período?"

Dessa auto-pergunta vieram algumas respostas, porém eu queria saber se tinha alguma maneira que pudesse ter 100% de certeza de retorno num investimento feito durante esta crise, ou seja, lucro mesmo em meio a essa turbulência.
Eu sei que nesse período tiveram alguns investidores que ganharam dinheiro na BOVESPA, mas eu tenho certeza que foi especulando (especulador é o investidor que entra com valores altíssimos e quando têm lucro se retiram imediatamente, algumas vezes perdem muito dinheiro e outras vezes ganham). Pra mim, desculpem-me analistas técnicos, hoje, durante a crise, quem investe na bolsa está contando totalmente com a sorte, pois mesmo em períodos de "estabilidade" não tinha como adivinhar quanto estaria valendo o papel no outro dia, quem dirá hoje.
Então com esta indagação continuei a pensar que tinha que haver um jeito de tirar vantagem desta situação, mas com 100% de certeza. Cinco dias após a exposição global da crise, o dólar que estava na casa dos R$ 1,70 tinha passado para mais de R$ 2,30, daí percebi a grande oportunidade que estava na supervalorização do dólar.
Vamos aos fatos:
  • A crise financeira causou falta de dinheiro no mercado norte-americano. Todas as intervenções feitas pelo FED, Banco Central Americano, e pelo último "pacotão" de US$ 700 Bilhões não surtiram o efeito esperado, ou seja, eram para dar liquidez ao mercado mas as intervenções serviram para ajudar as instituições financeiras a não quebrarem. Como a moeda estava em falta, era questão de tempo o dólar se valorizar, pois tudo que está sendo muito demandado fica mais valorizado;
  • Fuga dos investidores das Bolsas de Valores para os títulos do tesouro americano (considerados seguros). Como esses títulos só podem ser comprados em dólar, houve muita procura pela moeda e novamente ocorre a valorização por causa da grande procura;
  • Nossa economia está ligada diretamente ao dólar, então quando pintasse um consenso de que o dólar iria se valorizar, todos, no Brasil, iriam procurar pela moeda e isso iria acarretar uma forte demanda e supervalorização do dólar.
O que fazer então diante deste cenário?

Sendo profeta do acontecido eu compraria na BM&F um contrato de US$ 100.000,00(cem mil dólares) com o dólar valendo R$ 1,70, isso me custaria uns R$ 170.000,00(cento e setenta mil reais), mais ou menos, uma semana depois eu venderia com o dólar cotando R$ 2,20 ou R$ 2,30. Com isso o contrato que eu tinha de US$ 100.000,00(cem mil dólares) teria valorizado para R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais) devido à valorização do dólar. Assim, teria um lucro líquido de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) na venda do meu contrato.
Vamos usar este exemplo para servir de reflexão e abrir nossas mentes de que sempre há oportunidade para quem está ligado, sem precisar correr risco.

Sinceramente, não aconselho a compra de ações na bolsa neste momento, ela está muito volátil. Qualquer tentativa de análise ou de previsão para investir agora é imprudência, como já disse, tem gente especulando, dando sorte, e ganhando dinheiro mas são decisões tomadas por investidores que são especuladores. Quem diria que a principal ação da PETROBRÁS -PETR3- estaria valendo hoje, 17/10/2008, R$ 27,42, sabendo que alguns meses atrás estava mais de R$ 55,00?
Espero que tenha um bom momento de reflexão sobre isso.

Sucesso!

domingo, 12 de outubro de 2008

Vida financeira estabilizada é possível somente para ricos?

Vivemos numa sociedade capitalista, ou seja, que vive em torno do dinheiro. Mas, primeiramente, não vamos pensar no lado negativo nem nos preconceitos formados com relação ao capitalismo.
A minha sugestão é que pensemos que esse sistema econômico, o capitalismo, que hoje está em crise devido à crise americana, é um meio que gera oportunidades de ganho para TODOS, porém muitas vezes, nós, que não temos muitos recursos, achamos mais fácil criticar, e com isso vivemos imersos em pensamentos negativos de que somente quem tem muito dinheiro é que se dará bem e consequentemente fazemos o nosso "Gênio Financeiro" ficar adormecido para sempre. Exemplos não faltam para provar que não somente os ricos podem alcançar a estabilidade financeira, mas que os pobres também podem, e posso citar um agora. Como é que alguém que ganha na loteria milhões de reais perde tudo? E o mais incrível, tem gente que em 1 ano volta à mesma pobreza. Como isso acontece? Então não podemos afirmar que o capitalismo é um sistema econômico feito somente para os ricos, muito pelo contrário, o capitalismo foi feito para quem sabe lidar com o dinheiro e que vai punir, severamente, as pessoas que não sabem lidar com ele.
Uma das punições que mais acontecem são pessoas que só vivem para pagar dívidas. Seus passivos são enormes, gastam muito dinheiro com cartão de crédito, empréstimos, financiamentos, etc. E devido a essa "punição" vivem escravas do dinheiro.
Quando vejo pessoas que não têm condições de comprar um carro à vista, por exemplo, e se envolvem num financiamento que as consumirá por quatro, cinco, seis e até mesmo sete anos, somente para comprar um bem porque "querem agora". Infelizmente pagarão e pagarão muito por esse imediatismo.
De dez pessoas que fecham esse tipo de negócio creio que, no mínimo, sete pessoas não têm a percepção de que estão comprando um bem que no final das contas estarão pagando quase duas vezes mais.
Exemplo:
Digamos que alguém compre um carro em 60 (sessenta) meses, e que esse carro valha R$ 20.000,00 (vinte mil reais), com uma taxa de 2% ao mês, notemos que na realidade essa taxa é maior, o financiamento ficará:
  • Valor financiado: R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
  • Número de prestações: 60 (sessenta) meses
  • Taxa de juros: 2% ao mês
  • Valor de cada prestação: R$ 575,36 (quinhentos e setenta e cinco reais e trinta e seis centavos)
Agora vamos analisar:


Essa pessoa pagou no carro que custa R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a quantia de R$ 34.521,60 (trinta e quatro mil, quinhentos e vinte um reais e sessenta centavos), isso dá 72,61% de juros pagos, quase o dobro do valor. E tem outra, quando alguém compra um carro, ele já sai da loja 25% desvalorizado.
Então na verdade ficou assim o negócio:
A pessoa pagou R$ 34.521,60 (trinta e quatro mil, quinhentos e vinte um reais e sessenta centavos) num carro de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), que se fosse vender hoje, receberia R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

Bom, você deve estar se perguntando que eu estou querendo que você não compre nada, que deixe de comer, que não aproveite a vida ou algo do tipo. Mas não é isso que estou querendo dizer, na verdade é exatamente o contrário. Se você tem condição de arcar com uma prestação de R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês, pode juntar esse dinheiro e começar a fazer que esse dinheiro trabalhe por você...
E como que você faz isso?
Simples, basta sacrificar o desejo do AGORA, e pensar no longo prazo!

Exemplo, se você, ao invés de pegar dinheiro emprestado poupasse, aconteceria o seguinte:
R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês, dariam R$6.000,00 (seis mil reais) poupados por ano. Simulando uma taxa 25% ao ano de rendimento num investimento em ações ou em fundos de investimentos em ações, você conseguiria no começo do quarto ano mais de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Assim:
  • No final do primeiro ano juntou R$ 6.000,00 (seis mil reais), devido à poupança;
  • No começo do segundo ano você investe esses R$ 6.000,00 (seis mil reais) poupados nesse investimento que citei acima e continua juntando os R$ 500,00 por mês nesse segundo ano;
  • No final do segundo ano os R$ 6.000,00 (seis mil) se transformarão em R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais), devido o rendimento de 25% ao ano no investimento, e você terá mais R$ 6.000 devido à poupança dos R$ 500,00;
  • No começo do terceiro ano terá os R$ 7.500 (sete mil e quinhentos reais), mais os R$ 6.000,00 (seis mil reais), correspondente à poupança do segundo ano, que dá R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) para investir novamente. Continuando com a mesma poupança de R$ 500,00 por mês;
  • No final do terceiro ano você conseguiu que os R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) investidos virassem R$ 16.875,00 (dezesseis mil, oitocentos e setenta e cinco reais) que somado ao valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) da poupança realizada, no começo do quarto ano, terá R$ 16.875,00 (dezesseis mil, oitocentos e setenta e cinco reais) mais R$ 6.000,00 (seis mil reais), perfazendo R$ 22.875,00 (vinte e dois mil, oitocentos e setenta e cinco reais).

Moral da situação:

  • Primeiro ano: Poupou;
  • Começo do segundo ano: Investiu o que poupou no primeiro ano e continuou poupando;
  • Começo do terceiro ano: Resgatou seu investimento do segundo ano, somou ao valor que foi poupado durante todo o segundo ano e investiu novamente, e continuou poupando;
  • Começo do quarto ano: Resgatou seu investimento do terceiro ano e somou ao valor poupado durante o terceiro ano e percebeu em sua conta mais de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Querido leitor, esta é uma sugestão que exige de você uma força de vontade a mais, pois para sair da rotina de ser escravo do dinheiro não é fácil, porque nós queremos as coisas para agora e não para depois. Porém, quando você começar, atingirá sua estabilidade financeira e NÃO TRABALHARÁ MAIS PARA O DINHEIRO, MAS ELE É QUEM TRABALHARÁ PARA VOCÊ. Só que para que isso aconteça você terá que sacrificar, mais ou menos, por cinco anos o desejo de pagar muito caro por algo agora.
Essa rotina de ir para o seu emprego somente para trabalhar e receber o seu salário para pagar dívidas não é a forma correta, é uma escravidão. O que eu quero é abrir os seus olhos de que para ser rico não é necessário ganhar R$ 10.000,00 (dez mil reais) por mês. Claro que ajuda, mas não é a solução! É necessário ter inteligência financeira para saber poupar o seu dinheiro e fazê-lo render. De que adianta ter altos salários ou receber vários aumentos se você continuará se endividando?
O exemplo que dei acima mostra essa realidade facilmente para quem realmente quer mudar de vida.
Para que pagar R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais) num carro durante cinco anos, para tê-lo HOJE, se você pode comprar um carro melhor por R$ 20.000,00 (vinte mil reais) daqui a quatro anos com dinheiro no bolso sobrando para reinvestir e conseguir outros bens ?
Mude de posição, deixe de investir em coisas que não trarão nenhum retorno, mas invista em sua independência financeira. Faça com que o dinheiro trabalhe para você.
Temos de parar de pensar em pegar dinheiro emprestado quando queremos algo, e sim pensar: "O que eu preciso fazer para comprar isso?", " Eu tenho dinheiro para comprar isso agora?", "Eu poderia poupar e comprar futuramente...." o pensamento deve ser esse. Quando conseguir juntar e fazer o dinheiro se multiplicar para comprar o bem para você, com certeza estará no caminho certo.
Um rendimento de 25 % sobre R$ 6.000,00 (seis mil reais) dará R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) DE GRAÇA. Isso é colocar o dinheiro para trabalhar para você. Os R$ 6.000,00 (seis mil reais) se transformam em R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais). E assim vai, quanto mais investir, mais o dinheiro trabalhará por você e mais dinheiro você terá!
Aconselho a leitura do livro, Pai rico, Pai Pobre, de Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter. Este livro ensinará, de forma bem didática, como investir seu dinheiro, e mostrará que tem várias formas de investimentos que podem render mais de 50% ao ano.
A única dificuldade é a mudança de atitude que nós temos de ter e fazer o dinheiro trabalhar para nós. Parece difícil mas não é.
Creio que o que disse aqui não é algo impossível de se fazer, mas sim uma idéia para ser usada por TODOS. Cada um tem sua realidade financeira. Para alguns é possível poupar R$ 500,00 por mês, para outros não, o que importa é que essa idéia basilar fique na sua mente. Essa idéia é fundamental para quem quer sair da escravidão do dinheiro.
O exemplo do financiamento é só um, temos vários que eu aconselharia para fugir deles, tais como:
  • empréstimos, a não ser que seja necessário para quitar todas as dívidas já existentes;
  • financiamentos de bens;
  • consumismo exacerbado de bens supérfluos (roupas de grife, jóias, calçados, etc) com cartão de crédito;
  • cancelar a conta do celular (para pessoas que não trabalham com o celular).
  • etc
Estes são alguns exemplos de itens que podem ser cortados do seu dia-a-dia que gerarão, para você, mais dinheiro disponível para começar a investir.

Pense, idealize e comece. Depois que o dinheiro estiver trabalhando para você, faça que ele - o dinheiro - compre os seus desejos.

Sucesso!